O capixaba Nick Cruz está na berlinda no reality “Estrela da Casa”. É que a terceira batalha do programa, juntamente com Nicole Louise e Califfa, foi formada no último domingo e nesta terça-feira (3) acontece o Festival. Mas enquanto o resultado não sai, uma coisa é certa: a torcida é grande.
E quem encabeça o time de fãs é a sua própria mãe, Rosângela Borges. HZ conversou com a capixaba de Nova Almeida, na Serra, para entender melhor sua relação com o filho atualmente, a maternidade antes e depois da transição de Nick, e curiosidades que só ela conhece.
Nick Cruz é um cantor transexual. Aos 26 anos, o cantor capixaba iniciou a transição em 2020 e já é conhecido do público. “A gente teve que estudar o que era uma pessoa trans, uma transição de gênero. Foi um processo que toda a família teve que aprender”, conta Rosângela.
“Tinha 19 anos quando fiquei grávida. Era bem nova e, naquela época, queria muito ter uma menina. Quando o médico me disse que seria uma menina, fiquei muito feliz. Já tinha um filho, o Nicolas, e aí depois veio a Nicole (nome de nascimento do Nick). O pai nunca teve uma relação comigo, apenas pagava pensão. Mas cumpria com os compromissos, como passar o final de semana”.
“Durante a infância dele, a minha mãe, Maria de Lourdes – conhecida como Mãe Lud- sempre foi muito presente. Ela é tudo na vida dele, uma segunda mãe mesmo. E desde bebezinho ele já não se identifica como menina. Pegava as roupas do irmão, brincava com sempre os meninos. Foi algo que começou muito cedo”.
“Eu acredito muito no universo e sei que a transformação dele não foi por acaso. Para mim, a única preocupação era em relação a hormonização dele. Tinha medo dele pegar alguma doença. Mas eu sou leiga, não entendia nada do assunto. A gente teve que estudar o que era uma pessoa trans, uma transição de gênero. Mas uma coisa eu digo: filho é para sempre”.
“Posso dizer que ele sempre viveu em um lar musical. Quando o nick era pequeno, eu gostava de cantar em barzinhos. A música sempre foi muito presente. Ele gostava de compor bastante e depois começou a tocar violão. Mas depois ele começou a trabalhar profissionalmente, chegou a ser contratado por uma grande gravadora”.
“Hoje eu moro em São Paulo. Vim pra cá há 10 anos tentar a vida, trabalho como cozinheira em uma hamburgueria. Acredito que quando ele cozinha no programa, lembra muito de mim também. A nossa relação hoje é boa, não tão presente por conta da distância mesmo. Mas eu amo muito o Nick onde quer que ele esteja”.
“Quando o Nick ia entrar no programa, me disse assim: ‘Mãe vai acontecer algo muito importante comigo. Eu gostaria que você não retrucasse e até mesmo desativasse as redes sociais, porque eu vou receber hate e preconceito’. Ele se preocupou muito com a minha saúde mental.. Eu tenho ansiedade e depressão”.
“O meu celular começou a apitar muito no dia da estreia. Todo mundo me falava que meu filho estava na Globo, que estava vendo na vinheta da Globo. Eu estava trabalhando, mas vi no Globoplay. Desde então, assisto todos os dias. É até engraçado quando eu saio para trabalhar e parece que eu estou deixando ele em casa”.
“Acredito que ele não saia hoje na batalha. Mesmo que não ganhe o programa, vai abrir muitas portas. Está trazendo muita representatividade. Inclusive, está todo mundo me chamando de sogra. Ele já está namorando com metade do Brasil (risos). Para alguém conquistar ele vou dizer que, além da beleza, precisa ter integridade e comunicação.
“Eu amo muito o Nick. Vou dizer que estou muito orgulhosa dele e também do corpo que ele conquistou. Ele já venceu na vida”.
Fonte : Redação a Gazeta